terça-feira, 23 de dezembro de 2008

ENTREVISTA DJ RODRIGO CPU PARA O BALADA PLANET


Galera a alguns dias o Paulo Henrique Schneider(Balada Planet) entrevistou o Rodrigo CPU,  para o site Balada Planet (Link para entrevista), reproduzimos aqui para vocês a entrevista ;)
- Entrevista com Rodrigo CPU -
Além de DJ, o artista comanda dois programas de rádio na internet

“... os pára-quedistas vão pousar em outras pistas e novamente teremos as festas pra quem as merece, os verdadeiros amantes do psytrance. Talvez as festas sejam redi
mensionadas, e espero, com mais qualidade e diversidade nos line ups”.

Completando 10 anos de carreira, o DJ curitibano Rodrigo CPU é considerado um dos precursores do psytrance no sul do país, referência nacional quando o assunto é night ou dark trance.
Com presença garantida nos principais festivais alternativos do Brasil, os sets de Rodrigo CPU são explosivos e carregados de personalidade, sempre com músicas complexas e exclusivas. Um verdadeiro pesquisador do trance.

Atualmente Rodrigo representa a gravadora suíça Peak Records, selo que em breve lançará também as primeiras músicas do artista, que já está investindo num futuro live act.
Além de DJ, Rodrigo CPU possui também uma forte veia comunicadora. Há pouco mais de um ano ele criou um programa de rádio via internet chamado Rádio Psy, que hoje acumula mais de 300.000 downloads.

Não satisfeito, Rodrigo também apresenta um segundo programa de webradio chamado Tarja Preta, focado exclusivamente no dark trance.
Após a veiculação dos programas, é possível baixar gratuitamente o podcast, que sempre traz algum convidado de honra. Geralmente nomes que o público só encontr
a nos grandes festivais.

Há quanto tempo você trabalha como DJ? Porque escolheu o trance como estilo, o que ele despertou em você?
Rodrigo CPU: Comecei em 1999, já ouvia outros estilos e
 conheci o psytrance em 97. Imediatamente eu me identifiquei com o som e após uma festa “private” com ares de festival, que rolou em julho de 99 durante uma semana, em Alto Paraíso de Goiás, na Chapada dos Veadeiros, eu decidi que eu iria tocar e propagar a cultura do psytrance. A união do psytrance com a natureza foi o que mais me atraiu na época, a liberdade que isso propicia.

Você é considerado um dos principais representantes do trance noturno no Brasil, como você analisa as produções de dark/night trance atualmente? 
Rodrigo CPU: Ultimamente temos tido um renascimento do full on noturno, com muito som bom sendo lançado. Veteranos como Tryambaka, Shift e Double R.E.L lançaram grandes álbuns este ano e novos talentos estão surgindo, como o suíço AJJA, que também lançou um álbum este ano e o português Khopat, que lançará em breve seu primeiro álbum pela Spectral Records, selo dirigido pelo Menog.
E os brasileiros, quem está se destacando na cena? 
Rodrigo CPU: Entre os brazukas temos o Killer Buds, que lançou um álbum novo após algum tempo em estúdio e já está preparando outro, que será lançado por uma nova gravadora nacional especializada em sons noturnos, a Neuromind Records. No dark 2008 foi um ano de novas sonoridades e novas gravadoras fazendo um belo trabalho, como a No Comments Records da Polônia, que lançou duas coletâneas de primeira, contando inclusive com um brazuka no time, o Necropsycho. Outros projetos brasileiros também estão mandando muito bem a nível mundial, como Magma Ohm, Baphomet Engine e Cannibal Barbecue, que lançaram diversas faixas este ano.

Fale sobre os seus podcasts, os programas Radiopsy e Tarjapreta. Como surgiu a idéia? 
Rodrigo CPU: O Rádio Psy podcast foi criado em agosto de 2007, eu já fazia um programa desde abril chamado Radio Psy, que vai ao ar em algumas rádios FMs do estado do Paraná, São Paulo e Minas Gerais. A idéia foi trazer para as pessoas sons de qualidade do psytrance, que normalmente só se ouve nos festivais. Percebemos que as pessoas estavam se limitando um pouco aqui no Brasil a dois ou três artistas, por total falta de informação e opção. A pessoa ia numa festa e simpatizava com o psytrance, mas ao procurar um som, por exemplo, pegava o flyer do evento e baixava músicas dos mesmos artistas, que tocam nas mesmas festas, criando assim um círculo vicioso. O objetivo foi justamente o de trazer bons lives e DJs, que normalmente só estariam disponíveis aos poucos que tem tempo e dinheiro para se deslocar até um festival. O Tarja Preta foi lançado em dezembro de 2007, é um podcast voltado exclusivamente ao dark psicodélico. Já tem 10 edições e a cada dois messes mais ou menos sai um episódio novo. 

Tenho visto o link dos seus programas até em fóruns internacionais. Como está o retorno, o “feedback” do público?
Rodrigo CPU: Realmente temos tido muitos acessos, na faixa de 20 a 30 mil mensais, e já acumulamos mais de 300.000 downloads dos programas, que teve 46 edições até agora. O legal é que pessoas de todo canto do planeta estão acessando, usamos o Google Analytics para manter o controle dos acessos e já registramos cliques de mais de 100 países e 2.000 cidades. Acabamos de lançar também um Blog, para os fãs da rádio terem acesso fácil a biografia, com link para o My Space, vídeos e fotos dos artistas que se apresentam no podcast.

Quais sãos os principais nomes que já passaram pelo programa?
Rodrigo CPU: Até agora tivemos entre os estrangeiros: Menog, Rastaliens, Eletric Universe, AJJA, Double R.E.L., Shotu, Naked Tourist, Braincell, Barak, Zion Linguist, Tryambaka, Zaraus, Concept, Shove, além do DJ Chriss (do Full Mon Festival – Alemanha). Entre os nacionais: Burn in Noise, Yagé, The First Stone, 28 (Twenty Eight), Stereographic, Life Style, 220Volts, Cosmotech, e os DJs Swarup e Pedrão.

E quem serão os próximos convidados?
Rodrigo CPU: No momento estamos fazendo um preview do festival Universo Paralello, entre os próximos convidados deste preview estão live Logica e o 28. Também estamos preparando episódios especiais, com o lançamento dos novos álbuns de Menog e Double Rel, além do sul-africano LOST and FOUND, e pro começo do próximo ano Digital Talk.

Assim como aconteceu com o psytrance num passado recente, outras vertentes como o minimal e o electro-house estão ganhando força atualmente. O que você pensa sobre isso? Qual será o futuro das festas psicodélicas?
Rodrigo CPU: Acredito que seja bom para a psicodelia verdadeira, pois os pára-quedistas vão pousar em outras pistas e novamente teremos as festas pra quem as merece, os verdadeiros amantes do psytrance. Talvez as festas sejam redimensionadas, e espero, com mais qualidade e diversidade nos line ups.


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